BYD: o dragão elétrico que desafia a Tesla - Resenha crítica - 12min Originals
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BYD: o dragão elétrico que desafia a Tesla - resenha crítica

BYD: o dragão elétrico que desafia a Tesla Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: BYD: o dragão elétrico que desafia a Tesla

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: 12min Originals

Resenha crítica

A BYD (Build Your Dreams) é hoje uma das maiores fabricantes de veículos elétricos do mundo, símbolo da ascensão da China como potência tecnológica. Mas seu início foi modesto: uma fábrica de baterias em Shenzhen, fundada em 1995 por Wang Chuanfu, engenheiro químico com visão de longo prazo. Em três décadas, a empresa saiu das pilhas de níquel-cádmio para se tornar uma gigante da mobilidade elétrica, rivalizando diretamente com Tesla e conquistando mercados em todos os continentes.
A trajetória da BYD não se resume a números de produção ou vendas. Ela é a história de como inovação, estratégia de verticalização e políticas públicas chinesas se combinaram para transformar um player local em líder global. Cada passo envolveu desafios: desde competir com empresas japonesas de baterias nos anos 1990 até construir uma marca reconhecida fora da China. Hoje, a BYD é referência em carros elétricos, ônibus urbanos, baterias avançadas e até sistemas de transporte ferroviário. Este radar conta em nove capítulos como a BYD se tornou uma potência mundial da mobilidade limpa e o que isso significa para o futuro do setor automotivo.

O início em Shenzhen

A BYD nasceu em 1995, em Shenzhen, zona econômica especial que simboliza a abertura chinesa ao capitalismo global. Fundada por Wang Chuanfu, a empresa começou fabricando baterias recarregáveis de níquel-cádmio, competindo com fabricantes japoneses. A aposta era oferecer custos mais baixos e escala rápida. A estratégia funcionou: em poucos anos, a BYD já fornecia baterias para grandes marcas de celulares. Esse primeiro passo deu à empresa dois ativos decisivos: caixa para investir e conhecimento técnico em química e manufatura. Shenzhen oferecia ainda mão de obra abundante, proximidade com Hong Kong e políticas de incentivo à exportação. O contexto externo também ajudou: a explosão da telefonia móvel criou um mercado global para baterias. A BYD soube ocupar esse espaço e construir as bases para diversificação futura.

A chegada ao setor automotivo

Em 2003, a BYD deu um passo ousado: comprou a estatal Xi’an Qinchuan Automobile, adquirindo a licença necessária para fabricar carros. Até então, a empresa não tinha tradição automotiva, mas via o setor como espaço estratégico para aplicar sua expertise em baterias. Dois anos depois, lançou o BYD F3, sedã acessível que rapidamente virou sucesso de vendas na China. A entrada nos automóveis mostrou que a empresa não queria se limitar a ser fornecedora de componentes, mas protagonista na indústria. O F3 foi construído com forte inspiração em modelos japoneses, mas abriu caminho para inovações próprias. A partir dali, a BYD começou a investir em híbridos e elétricos, antecipando tendências de mercado que só ganhariam escala anos depois.

A visão de Wang Chuanfu

O fundador da BYD, Wang Chuanfu, sempre defendeu a estratégia da verticalização: controlar a cadeia de valor de ponta a ponta. Isso significava não depender de fornecedores externos para itens críticos como baterias, semicondutores e motores. Essa visão deu à BYD flexibilidade para inovar e reduzir custos, tornando-se menos vulnerável a choques globais. Chuanfu também acreditava que a mobilidade elétrica seria inevitável, tanto por pressões ambientais quanto por avanços tecnológicos. Essa convicção o levou a investir cedo em pesquisa e desenvolvimento de baterias de íon-lítio e em veículos de nova energia. Sua liderança visionária é muitas vezes comparada à de Elon Musk, mas com estilo diferente: menos focado em espetáculo e mais em eficiência industrial e apoio estatal.

Os primeiros carros elétricos

Em 2008, a BYD lançou o F3DM, primeiro sedã híbrido plug-in de produção em massa na China. No ano seguinte, apresentou o BYD e6, veículo totalmente elétrico, voltado para frotas e táxis. Esses lançamentos ocorreram em um período em que a infraestrutura de recarga ainda era incipiente, o que limitou a adoção. Mas mostraram o compromisso da BYD com a eletrificação. O governo chinês apoiava a transição com subsídios e programas de incentivo, o que ajudou a empresa a experimentar soluções em larga escala. Embora os modelos iniciais não fossem sucesso comercial estrondoso, consolidaram a imagem da BYD como pioneira no segmento de nova energia. Essa aposta cedo permitiu que, anos depois, a empresa estivesse preparada para surfar a onda da eletrificação global.

A inovação da Blade Battery

Em 2020, a BYD apresentou a Blade Battery, tecnologia de fosfato de ferro-lítio (LFP) projetada para aumentar segurança e durabilidade. O diferencial era o design mais fino e modular, capaz de resistir a testes de perfuração sem pegar fogo, um avanço importante em um setor marcado por preocupações com incêndios em baterias. A Blade Battery tornou-se referência na indústria, não apenas pela segurança, mas também pela redução de custos. Ela passou a equipar grande parte da frota da BYD e até de concorrentes. Essa inovação reforçou a reputação da empresa como líder tecnológica e deu ao mercado confiança maior nos veículos elétricos de massa. A Blade Battery simboliza como a verticalização em P&D se converteu em vantagem competitiva.

Crescimento na China e além

Durante a década de 2010, a BYD consolidou liderança no mercado chinês de veículos elétricos, apoiada por políticas governamentais de subsídio e pela demanda crescente de consumidores urbanos. Em 2022, anunciou que deixaria de produzir veículos a combustão pura, focando apenas em elétricos e híbridos. Paralelamente, expandiu internacionalmente, vendendo ônibus elétricos em cidades europeias, latino-americanas e americanas. Essa presença global em transporte público reforçou a imagem de empresa comprometida com sustentabilidade. Na China, tornou-se a marca mais vendida de elétricos, superando inclusive Tesla em volume. Esse crescimento mostra como a empresa conseguiu equilibrar preços acessíveis, escala de produção e capacidade tecnológica.

A BYD no Brasil

A chegada da BYD ao Brasil não foi discreta: a marca veio com a ambição de ser protagonista da transição para veículos elétricos na América Latina. Instalou sua primeira fábrica em Campinas, em 2015, focada em ônibus elétricos para transporte público — e logo conquistou contratos em cidades como São Paulo e Campinas, mostrando que a eletromobilidade não era futuro distante, mas realidade possível. A partir de 2022, a empresa mudou de patamar: abriu lojas próprias e trouxe carros como o Dolphin, compacto elétrico com preço mais acessível, e o Seal, sedã que concorre com modelos premium. O passo mais ousado veio em 2023, com o anúncio da instalação de um grande complexo industrial em Camaçari (BA), no antigo polo da Ford. Ali, a BYD pretende produzir carros elétricos e híbridos tanto para o mercado brasileiro quanto para exportação, transformando o país em centro estratégico de sua operação regional. Além de veículos, a empresa também aposta em energia solar e sistemas de armazenamento, conectando sua presença local a um portfólio completo de soluções em energia limpa. Assim, a BYD se posiciona como símbolo da nova fase industrial brasileira: menos dependência de combustíveis fósseis e mais espaço para inovação sustentável.

Curiosidades

Um detalhe curioso da operação da BYD no Brasil tem chamado atenção dos consumidores: a escolha dos nomes de seus carros elétricos. Diferente das montadoras tradicionais, que apostam em códigos ou siglas, a marca chinesa decidiu batizar seus modelos com nomes de animais marinhos, reforçando a conexão com natureza e sustentabilidade. Assim surgiram o Dolphin, hatch compacto que se tornou símbolo de acessibilidade na mobilidade elétrica; o Seal, sedã esportivo de linhas futuristas que concorre com modelos premium; e, mais recentemente, o Shark, SUV híbrido plug-in apresentado em 2024.

Os desafios globais

Apesar do sucesso, a BYD enfrenta desafios significativos. Fora da China, precisa vencer barreiras de percepção: convencer consumidores de que seus carros têm qualidade, design e confiabilidade comparáveis a marcas tradicionais. Também lida com tensões políticas, já que governos ocidentais avaliam medidas para limitar a entrada de veículos chineses por questões de segurança e competitividade. Outro desafio é a infraestrutura de recarga, que ainda não acompanha a velocidade da produção. Além disso, a concorrência global é acirrada, com Tesla, Volkswagen e outras montadoras investindo pesado em elétricos. A BYD precisa manter sua vantagem tecnológica e de custos, ao mesmo tempo em que constrói marca global respeitável.

O futuro da BYD

O futuro da BYD depende de sua capacidade de consolidar presença internacional. A empresa já abriu fábricas fora da China e lançou marcas premium, como Yangwang e Denza, para disputar segmentos de luxo. A estratégia é clara: ampliar participação em todos os segmentos, do carro popular ao SUV de alto padrão. Também aposta em tecnologias emergentes, como condução autônoma e baterias de nova geração, para manter-se na vanguarda. Se conseguir manter a inovação, expandir rede de serviços e superar barreiras políticas, a BYD pode se consolidar como símbolo da transição energética global. Mais do que uma montadora, pretende ser a empresa que redefine a mobilidade no século XXI.

Notas finais

A trajetória da BYD mostra como a combinação de visão estratégica, apoio governamental e capacidade de execução pode transformar uma empresa em líder global. De fábrica de baterias em Shenzhen a gigante dos carros elétricos, a BYD é reflexo do projeto chinês de se tornar potência tecnológica e sustentável. Mas também é símbolo de desafios: como equilibrar inovação e acessibilidade, como conquistar mercados céticos, como lidar com tensões políticas internacionais. O que é certo é que, em menos de 30 anos, a BYD deixou de ser um nome desconhecido para se tornar protagonista de uma das maiores revoluções industriais do nosso tempo. Sua história continua sendo escrita, e cada novo capítulo terá impacto direto não só na indústria automotiva, mas no futuro da energia limpa e da mobilidade global.

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